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domingo, 24 de abril de 2016

A CAVERNA DOS CRISTAIS NAICA


Geólogos trazem à tona uma incrível e misteriosa maravilha da natureza. Uma gigantesca caverna de cristais forma o complexo mineiro de Naica, em Chihuahua, no México, explorada pela equipe do programa “How the Earth Made Us (“Como a Terra nos moldou”, em tradução livre), da BBC, uma das poucas no mundo a realizar tal feito.

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A 300 metros de profundidade, a câmara subterrânea tem dimensões aproximadas de 10 por 30 metros, e contém alguns dos maiores depósitos mundiais de prata, zinco e chumbo. O maior cristal encontrado por lá tem incríveis 11 metros de comprimento, 4 de diâmetro e pesa em torno de 55 toneladas. Além disso, foi em Naica que foram encontrados os maiores cristais naturais de selenita do mundo, com mais de 10 metros de extensão.

Descoberta no ano 2000, por acidente, a mina tem difícil acesso e por conta disso se manteve fechada durante anos. A temperatura chega aos 50°C e a umidade do ar é de 100%, nível que faz com que os fluídos se condensem nos pulmões, caso não se use o equipamento adequado, fazendo com que alguns exploradores desmaiem. A equipe da BBC acompanhou isso de perto, tendo de usar uma roupa com cubos de gelo armazenados, além de uma máscara que fornecia ar seco e fresco.







O professor de geologia da Universidade de Plymouth, Grã-Bretanha, Iain Stewart acompanhou a equipe da BBC durante a expedição e afirmou que, embora esteja sob perspectiva de fechamento novamente, há muitas chances de que existam outras cavernas como esta no mundo. Maravilhado com tamanha beleza, o geólogo disse: “É um lugar glorioso, parece uma exposição de arte moderna”.
Stewart acredita que, quando a situação financeira das minas mudar, Naica será fechada outra vez, as bombas de água retiradas e o local inundado, impossibilitando as visitas. O jeito é observarmos as fotos e torcer para que outras sejam encontradas e preservadas.








sexta-feira, 8 de abril de 2016

VIDA EXTRATERRESTRE?



Aglomerados antigos e repletos de estrelas encontrados em um canto da Via Láctea são uma boa aposta na busca por vida extraterrestre inteligente (Seti, na sigla em inglês), de acordo com uma pesquisa apresentada no encontro da Sociedade de Astronomia americana.
Devido à abundância de estrelas, esses "aglomerados globulares" sempre foram um dos queridinhos do campo.
AP
Mas tentativas recentes de esmiuçar o espaço em busca de planetas orbitando estrelas não tiveram sucesso em aglomerados globulares.
Agora, porém, dois astrônomos dizem que há bons motivos para continuar a busca.
Rosanne Di Stefano, do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian, nos Estados Unidos, e Alak Ray, do Instituto de Pesquisa Fundamental, na Índia, descreveram o que chamaram de "oportunidade do aglomerado globular".
Com uma idade média de 10 bilhões de anos (muito superior à do Sol, com 4 bilhões), aglomerados globulares não têm muitas estrelas jovens, ricas em elementos metálicos necessários para fazer planetas.
Mas durante participação no 227º encontro da Sociedade de Astronomia americana, Di Stefano disse que pesquisas recentes haviam descoberto exoplanetas (planetas que orbitam outras estrelas que não o Sol) - especialmente os pequenos e rochosos, parecidos à Terra - em torno de estrelas muito menos ricas em metal que nosso Sol.
E se isso aconteceu uma vez...
"Quando as pesquisas sobre vida alienígena começaram, nos anos 1950 e 1960, ainda nem sabíamos se havia exoplanetas" disse ela.
"Agora podemos usar a informação que reunimos de outras descobertas de planetas - e há mais de 2 mil planetas conhecidos hoje - para perguntar se é provável que eles estejam em aglomerados globulares."
Di Stefano usou o exemplo do PSR B1620-26 b, às vezes chamada de "Methuselah". É o único exoplaneta identificado até o momento que orbita uma estrela - ou, no caso, duas - em um aglomerado globular.


ThinkstockImage copyrightThinkstock

"Acho que a maior parte de nós diria que a descoberta desse planeta indica que deve haver outros planetas naquele aglomerado", disse.
Além disso, Di Stefano e Ray identificaram um "ponto ideal" nas dimensões de aglomerados globulares.
Como a maioria das estrelas são velhas, anãs vermelhas e frias, qualquer planeta habitável teria que orbitar muito perto delas para manter água líquida.
Se manter molhado, porém, não é o único desafio para um planeta em que a vida seja viável em um aglomerado globular. Uma bola com um milhão de estrelas a apenas 100 anos-luz de distância é um forte tumulto de forças gravitacionais que poderiam desintegrar o Sistema Solar.